Tsampa ou tsamba (em tibetano: རྩམ་པ་; Wylie: rtsam pa; em nepalês: साम्पा)
Tsampa ou tsamba é um alimento básico no Tibete, Himalaias do Nepal e Ladaque oriental, principalmente na parte central dessa região. O nome aplica-se tanto a um tipo de farinha torrada, geralmente de cevada, embora também possa ser de trigo, como a uma papa preparada com aquela farinha.
Além de constituir um alimento substancial, provavelmente predominante na dieta tibetana, a sua importância deve-se também à tradição de atirar pitadas de tsampa ao ar durante os rituais do budismo tibetano.
Acredita-se que o costume de atirar tsampa ao ar é anterior ao budismo na região e foi originalmente uma forma de oferenda a deuses animistas para pedir a sua proteção.
A tradição foi depois incorporada no budismo como um “símbolo de alegria e bênçãos”, que é praticada em ocasiões de celebração como casamentos e nascimentos. Atualmente é especialmente signficativa nas celebrações do Ano Novo, quando é acompanhada por versos cantados que expressam o desejo de boa sorte para o ano que começa, tanto para si próprio como para os outros.
O atirar de tsampa também ocorre na maior parte dos funerais budistas tibetanos, nos quais se crê libertar a alma do falecido.
No passado o termo “comedor de tsampa” (em inglês: tsampa-eater) foi usado para promover a identidade tibetana. Os tibetanos falam diversos dialetos, são adeptos de diversas seitas religiosas e vivem em diferentes regiões, mas é suposto que todos os tibetanos comem tsampa. Em 1957, o jornal tibetano com sede na Índia Tibet Mirror dirigiu um apelo a “todos os comedores de tsampa” encorajando-os a participar naquilo que seria a Revolta no Tibete em 1959. Mais recentemente, com o aumento da diáspora tibetana, tem vindo a ser dado menos enfâse na tsampa e mais enfâse no budismo tibetano como elemento de construção de uma identidade tibetana unificada.