Archive for the Cultura Tibetana Category
Khadro Ling
Em tibetano, Kha significa “céu”, Dro significa “mover-se”, ir, dançar, Ling significa “local sagrado”. Khadro é a tradução de Dakini, palavra associada a um aspecto da energia iluminada feminina. Uma tradução possível para Khadro Ling, então, é “Morada das dançarinas do céu”.
Ver Chagdud Gonpa, Chagdud Rinpoche, Chagdud Khadro.
Riwo Sangchod
A prática de Riwo Sangchod, Oferenda Queimada Para Purificação na Encosta da Montanha, é uma instrução de transmissão direta do ciclo terma Rigdzin Sogdrub, Realização da Força Vital dos Detentores do Estado Desperto, que foi revelada pelo Terton Lhatsun Nankha Jigmed. Ele nasceu em 1597, em Jaryul, no sul do Tibete e era, ao mesmo tempo, uma reencarnação de Vimalamitra e do onisciente Longchenpa. Esta prática de linhagem ininterrupta foi transmitida a Chagdud Rinpoche, e é realizada diariamente no Khadro Ling.
Dzongsar Khyentse Rinpoche enfatizou que nos tempos de degenerescência atuais há duas acumulações de absoluta importância e benefício: o Louvor às 21 Taras e a acumulação de Riwo Sangchod.
A prática de Riwo Sangchod contém todos os aspectos do caminho budista ― quanto à disciplina, é Hinayana; quanto à motivação, é Mahayana; e, no que diz respeito à Guru Yoga, é Vajrayana. É uma prática muito poderosa para repelir os obstáculos e as negatividades de cada um de nós e, particularmente, para afastar todos os obstáculos relacionados ao nosso caminho espiritual.
Oferendas
Você pode criar interdependência com a prática fazendo oferendas de leite, manteiga e iogurte, mel, melado e açúcar, aveia, frutas, biscoitos doces, grãos, tecidos coloridos (limpos), pinheiros e, de um modo mais perfeito, ouro e prata. Estes devem ser novos e nunca terem sido utilizados ou abertos.
Nessa Prática são usadas as sadhanas de:
- Tara (sadhana longa)
- Prece de protetores de Tara
- Gotas de Sabedoria
- Preces de longa vida
- Riwo Sangchod
Ver incenso, sadhana, oferenda.
‘a: A: A’a’a: Ki Ki: So So: sGra bLa: A rGya Lo: A: འཿ ཨཿ ཨཱའཿ་ཀིཿཀིཿསོཿསོཿསྒྲ་བླ་ཨཿརྒྱ་ལོ་ཨཿ
Calmo Permanecer
O CALMO PERMANECER COM CONCENTRAÇÃO EM UM OBJETO EXTERNO
Olhe para baixo, na altura do nariz, em direção ao objeto que é o foco de sua concentração, quer seja uma sílaba semente, uma pedra, uma pequena estátua, ou, na verdade, qualquer objeto pequeno. Preste atenção no objeto sem distração, evitando a percepção visual de outros objetos. Permita que sua mente descanse em concentração profunda no objeto. Se sua atenção se desviar, gentilmente retome o foco e descanse naturalmente.
O Calmo Permanecer com Concentração em um Objeto Visualizado
A ESFERA BRANCA
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize uma pequena esfera branca (sânsc. bindu; tib. tigle) de luz em sua testa, entre as sobrancelhas. A esfera é vazia, mas luminosa, brilhante, cintilante como um arco-íris. Preste atenção nela, mas permaneça relaxado da forma mais natural possível.
A ESFERA VERMELHA
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize seu corpo como sendo transparente e oco, uma cápsula de luz, clara e vazia. Dentro desta forma pura de seu corpo, no chacra do coração, visualize uma esfera de luz vermelha do tamanho da chama de uma vela. Assim como uma chama ardente, a esfera vermelha tem reflexos de luz azul. Preste atenção nela, permanecendo relaxado e natural.
Lama Jigme Lhawang
Lama Jigme Lhawang (no português Djigmê Láuang) é o primeiro ocidental do continente Americano a ser ordenado lama na Linhagem Drukpa do Budismo Tibetano pelo líder e autoridade máxima da Linhagem Drukpa, S.S. Gyalwang Drukpa e por seu regente espiritual S.Ema Gyalwa Dokhampa. Também é o presidente e diretor espiritual da Comunidade Budista Drukpa Brasil e o representante oficial da Linhagem Drukpa e de S.S. Gyalwang Drukpa no Brasil bem como presidente de honra do Instituto Live to Love Brasil, o braço brasileiro da Fundação Humanitária Live to Love Internacional. Lama Jigme Lhawang treina no budismo desde 1995 e, de 2003 a 2013, treinou como monge budista em universidades monóasticas e eremitérios sagrados na Índia e Nepal.
Estudou história, filosofia e psicologia budista bem como tradução oral e literária da língua tibetana pelo período de 10 anos na universidade Dzongsar Shedra, na Índia e na Kathmandu University, no Nepal. É psicoterapeuta e especialista na área do equilíbrio emocional e do cultivo da atenção plena e é professor formado e autorizado em Cultivating Emotional Balance (Cultivo do Equilíbrio Emocional) pelo Instituto Santa Bárbara de Estudos da Consciência (Califórnia), um programa de formação baseado em evidências científicas criado pelos professores Dr. Paul Ekman e Dr. B. Alan Wallace.
Trajetória
No dia 3 de janeiro de 2012 o então monge Ven.Ngawang Tenphel foi ordenado Lama Jigme Lhawang na Linhagem Drukpa (do tibetano, Dragão) do budismo tibetano. A ordenação foi conferida por Sua Santidade Gyalwang Drukpa, líder espiritual e autoridade máxima da linhagem, e por seu regente e herdeiro espiritual, Sua Eminência Gyalwa Dokhampa. Na mesma ocasião Lama Jigme Lhawang foi nomeado o representante oficial da Linhagem Drukpa e de S.S.Gyalwang Drukpa no Brasil, sendo-lhe atribuída também, a posição de diretor espiritual da Comunidade Drukpa Brasil.
A palavra “Lama” significa “professor e guia espiritual”, e Ven. Lama Jigme Lhawang (no português Djigmê Láuang) recebeu sua nomeação como o primeiro lama brasileiro da linhagem Drukpa, no 10º dia do 21º mês do ano 2138 do calendário tibetano, o dia comemorativo de uma das oito manifestações de Guru Padmasambhava, Guru Dorje Drollo (do sânscrito, Vajrakrodha). Neste dia sagrado, a ação na forma irada e destemida de Guru Rinpoche manifestou-se na caverna de Paro Taktsang, no Butão, subjugando e atando por juramento as deidades locais e os guardiões de tesouros espirituais.
No dia 20 de fevereiro de 2013, décimo dia do primerio mês do calendário tibetano, dia sagrado comemorativo da iluminação de Guru Padmasambhava e do aniversário de S.S. Gyalwang Drukpa, o Lama Jigme Lhawang foi nomeado por Sua Santidade e Sua Eminência como o representante, guia espiritual e lama responsável da Linhagem Drukpa para o continente Americano.
Lama Jigme Lhawang iniciou seus estudos e treinamento no budismo em 1995 no Brasil, aos 14 anos de idade, com Kyabje Chagdud Tulku Rinpoche (de quem recebeu seu refúgio no Dharma com o nome de Padma Pawo e sua ordenação tântrica) e seu filho espiritual Lama Padma Samten (o primeiro lama brasileiro ordenado na Linhagem Nyingma) com quem viveu, aprendeu e treinou meditação por 7 anos contínuos. Em 2003, logo após ao falecimento de S.Ema. Chagdud Rinpoche, em uma ação pouco comum para um jovem ocidental, dirijiu-se à Índia, local onde recebeu sua ordenação laica (skt. upasaka) por Sua Santidade o Dalai Lama e, em seguida, a ordenação monástica por Sua Santidade Trulshik Rinpoche, autoridade máxima da linhagem Nyingma, hoje já falecido. Desta forma, Lama Jigme Lhawang teve S.S. Dalai Lama e S.S. Trulshik Rinpoche como seus mestres raízes de ordenação que, coincidentemente, também foram mestres raízes de Sua Santidade Gyalwang Drukpa.
Na sua formação como monge, Ven. Lama Jigme Lhawang recebeu empoderamentos, transmissões orais e ensinamentos de todas as principais linhagens do budismo tibetano – Nyingma, Káguiu, Sakya e Gelugpa – por muitos de seus principais representantes e líderes espirituais, tais como S.S. Dalai Lama (líder espiritual do povo tibetano), S.S.Gyalwang Drukpa (líder espiritual da Linhagem Drukpa), S.S. Sakya Trizin (líder espiritual da Linhagem Sakya) e S.S. Trulshik Rinpoche (líder espiritual da Linhagem Nyingma).
Por 3 anos viveu e estudou na Universidade Monástica Dzongsar Shedra na companhia de outros 600 monges e 15 Khenpos. Lá, além de estudar a língua tibetana e de receber as transmissões orais e o aprofundamento nos principais tratados filosóficos indianos, estudou história, lógica, psicologia, filosofia e prática budista e recebeu preciosos ensinamentos e transmissões de Kyabje Dzongsar Khyentse Rinpoche, e muitos outros Rinpoches e Khenpos da Linhagem Sakya. Durante o período de 2 meses na Universidade Monástica Dzongsar Shedra, Sua Santidade Sakya Trizin lhe concedeu o empoderamento, transmissão oral e instruções completas do Lamdre (Caminho-Resultado), a mais elevada categoria de ensinamentos da Linhagem Sakya, do Tantra Revajra, das yôgas de Virupa e de uns dos ensinamentos principais da Linhagem Sakya chamado “Libertando-se dos Quatro Apegos, que um dos grandes mestres fundadores da Linhagem Sakya – Sachen Kunga Nyingpo, recebeu diretamente de Manjushri.
De S.S. Dalai Lama recebeu empoderamentos, transmissões orais e instruções de todos os veículos (fundacional, marrayana e vajrayana) e linhagens do budismo tibetano. Da tradição marrayana recebeu a transmissão oral e instruções de Shamata e Vipassana, a partir da escritura “Os Estágios do Caminho da Meditação” do Pandita indiano Kamalashila como, também, a transmissão oral e instruções do Sutra do Coração e do Sutra do Diamante, em especial, o empoderamento, transmissões orais e instruções completas de Kalatchakra em Amaravati, no sul da Índia, local sagrado onde Buda Shakyamuni transmitiu esta prática espiritual, uma meditação tântrica classificada como a “Mais Elevada Yoga Tantra” do vajrayana. Recebeu ainda a transmissão oral e instruções completas de “Uma Lâmpada no Caminho do Despertar” (Lamdron) do Pandita indiano Atisha Dipamkara, que estabelece a fundação do treinamento da mente (tib. Lodjong) da antiga linhagem de yôguis Kadampa, e dos “Estágios do Caminho à Iluminação” (tib. Lamrim) de Tsonkhapa, o caminho completo e principal prática espiritual da Linhagem Gelugpa.
Referente a Linhagem Káguiu, também de S.S. Dalai Lama, recebeu a transmissão oral e instruções das 100.000 Canções Espirituais de Milarepa e da história de sua iluminação composta pelo mestre da Linhagem Drukpa, o yôgui de louca sabedoria, Tsangnyon Heruka. E, a partir da Linhagem Nyingma, recebeu de S.S.Dalai Lama, os empoderamentos, transmissões orais e instruções da tradição Dzogchen Longchen Nyingtik de Jigme Lingpa e Longchen Rabjam, desde o texto raíz do Longchen Nyingtik Ngondro, o comentário para com o texto raíz chamado “Palavras do meu Professor Perfeito” de Patrul Rinpoche e os Três Ciclos de instruções Dzogchen de Longchen Rabjam chamadas “Dzogchen Ngalso Korsum” (Os Três Ciclos do Descanso Revitalizador da Grande Perfeição).
No final de 2008, após 12 anos de estudo no Darma e 5 anos de intensivo treinamento monástico, bem como de diversos retiros de curta e longa duração e de estudos filosóficos do budismo, Ven. Ngawang Tenphel, retornou ao Brasil, sendo apontado como um professor do Darma dentro da Sangha do Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB) pelo seu diretor espiritual, o Lama Padma Samten. Assim, pela indicação de Lama Samten, viajou extensivamente pelos CEBBs do Brasil dando ensinamentos, conduzindo retiros e sendo convidado para palestrar em universidades brasileiras e em monastérios e centros de outras tradições budistas como também em encontros e diálogos inter-religiosos.
Em paralelo aos seus estudos da língua tibetana e da filosofia budista, Lama Jigme Lhawang realizou diversos retiros solitários de longa duração sob a orientação de seu Guru Raíz Sua Santidade Gyalwang Drukpa, permanecendo por vários meses em heremitérios e cavernas nas montanhas dos Himalaias indianos e cooperando para reacender a chama do estilo da antiga tradição de yôguis da Linhagem Drukpa.
A partir de S.S. Gyalwang Drukpa, Lama Jigme Lhawang recebeu a transmissão oral completa e as instruções do Ornamento da Liberação de Gampopa (no tibetano, Dakpo Thargyen) e vem sendo treinado dentro de ambas as tradições de Marra-mudra e Dzogchen, como também nas principais práticas espirituais da Linhagem Drukpa. E, na linhagem Nyingma, também de Sua Santidade, vem recebendo instruções nas práticas da tradição de Dudjom Tersar tais como Throma Nagmo e da tradição de Jigme Lingpa/Longchen Rabjam tais como Yangtik.
Em 2009, por orientação de S.S. Gyalwang Drukpa, mudou-se para o Nepal, buscando ficar mais próximo ao seu Guru, dando continuidade ao treinamento na Linhagem Drukpa através de retiros e estudos do budismo. No seu aprofundamento na tradição dos Dragões, vem recebendo empoderamentos, transmissões orais e instruções de muitos outros mestres Drukpa tais como S. Ema. Khamtrul Rinpoche, S. Ema. Thuksey Rinpoche, S. Ema. Drukpa Choegon Rinpoche, S. Ema. Sey Rinpoche, S. Ema. Gyaltsen Tulku Rinpoche, S. Ema. Kunga Rinpoche, S. Ema. Drubwang Tsoknyi Rinpoche, Ven. Jetsunma Tenzin Palmo, Khenchen Sonam Gyatso Rinpoche, Khenchen Thrinle Dorje Rinpoche e muitos outros mestres.
Na sequência começou a organizar e liderar peregrinações a Ásia incentivado por seus mestres. O roteiro contempla visitas aos locais sagrados do budismo, com estudo e meditação durante o trajeto, proporcionando encontros, ensinamentos e retiros com grandes mestres. Desta ação surgiu o “Dharma Yatri” (www.dharmayatri.org), do qual é diretor e co-fundador. Em 2009, apoiado pelo Dharma Yatri, juntamente com a direção de Melissa Flores, idealizou o “Projeto Yatra” (www.projetoyatra.com.br), um documentário/filme entitulado “Yatra: Uma Viagem Externa, Interna e Secreta”, sobre peregrinos brasileiros encontrando o sagrado através de uma peregrinação aos Oito Lugares mais Sagrados de Buda na Índia e no Nepal. O documentário conta com a participação de diversos mestres tais como S.S. Dalai lama, S.S. Gyalwang Drukpa, S.S. Sakya Trizin, S.Ema. Drukpa Choegon Rinpoche, S.Ema. Lama Zopa Rinpoche, Lama Padma Samten, Prof. Dr. B. Allan Wallace e outros lamas.
Apresentando as qualidades da alegria e humildade, visivelmente marcantes na Linhagem liderada por S.S. Gyalwang Drukpa, Lama Jigme Lhawang atuou (e ainda atua) como tradutor. Em 2006, fez parte da equipe de tradução dos ensinamentos do mundialmente reconhecido mestre da Linhagem Nyingma S.Ema. Sogyal Rinpoche e de S.Ema Dzongsar Khyentse Rinpoche, para um grupo de peregrinos brasileiros, na Índia. Também serviu como tradutor assistente do tibetano para o inglês da transmissão completa do Lamdre, concedida por S.S. Sakya Trizin em 2008 na Universidade Monástica Dzongsar Shedra, nos Himalaias indianos. Foi um dos tradutores oficiais para a língua portuguesa dos ensinamentos Dzogchen concedidos por S.S.Dalai Lama em 2010, em Bodhigaya, como também tem servido como tradutor de vários mestres da linhagem Drukpa desde 2009 durante o Concílio Drukpa Anual (ADC). Foi ainda o tradutor do tibetano para o inglês dos ensinamentos de S.S. Gyalwang Drukpa sobre Ngondro e Marra-mudra durante a Pad Yatra 2011, pelo período de 1 mês, quando caminhou lado-a-lado com seu Guru pelos diferentes locais sagrados do território indiano.
Atualmente, é um dos tradutores oficiais do tibetano de S.S. Gyalwang Drukpa e da Linhagem Drukpa. Completamente devotado ao caminho do Dharma pelos últimos 16 anos de sua vida, o treinamento que, segundo ele, foi desempenhado unicamente pela bondade de seus professores, lhe confere hoje atributos de um grande estudioso e de um qualificado professor do Dharma.
Em 2014, com as bençãos e orientação de S.S. Gyalwang Drukpa, tornou-se um lama ngakpa (um guia espiritual tantrika, integrando sua prática espiritual na vida familiar dentro de um contexto laico no ocidente), habilitando-o a desenvolver seu trabalho como professor, tradutor e lama em meio ao mundo laico.
Três Posturas
Aquiete a Mente através das Três Posturas
CORPO
Abstenha-se de:
1. Toda atividade mundana
2. Atividades religiosas que requeiram movimento como prostrações e a contagem das contas de seu mala
3. Todo e qualquer movimento corporal
Sente em uma boa postura de meditação, como a postura de sete pontos de Vairotchana, ou pelo menos mantenha suas costas retas e os olhos em uma posição adequada e abertos, mas com o olhar dirigido para baixo.
FALA
Abstenha-se de:
1. Toda conversa comum
2. discussões religiosas
3. recitação de mantras e de liturgias
MENTE
Abstenha-se de:
1. Pensamentos negativos
2. Pensamentos positivos
3. Insights intelectuais que surgem no contexto da prática de Mahamudra ou de Dzogtchen.
3 Posturas
Aquiete a Mente através das Três Posturas
CORPO
Abstenha-se de:
1. Toda atividade mundana
2. Atividades religiosas que requeiram movimento como prostrações e a contagem das contas de seu mala
3. Todo e qualquer movimento corporal
Sente em uma boa postura de meditação, como a postura de sete pontos de Vairotchana, ou pelo menos mantenha suas costas retas e os olhos em uma posição adequada e abertos, mas com o olhar dirigido para baixo.
FALA
Abstenha-se de:
1. Toda conversa comum
2. discussões religiosas
3. recitação de mantras e de liturgias
MENTE
Abstenha-se de:
1. Pensamentos negativos
2. Pensamentos positivos
3. Insights intelectuais que surgem no contexto da prática de Mahamudra ou de Dzogtchen.
4 Pensamentos
Quatro Pensamentos que Transformam a Mente (Tib. བློ་ལྡོག་རྣམ་བཞི, lodok nam shyi, Wyl. blo ldog rnam bzhi)
- O nascimento humano precioso
- A impermanência e a morte
- Carma, a lei de causa e efeito
- O sofrimento nos ciclos da existência condicionada
Reciting the Four Contemplations which Turn the Mind
ན་མོ༔ བསླུ་མེད་གཏན་གྱི་མགོན་པོ་བླ་མ་མཁྱེན༔
namo, lumé ten gyi gönpo lama khyen
Homage! O lama, my unfailing and constant protector!
དལ་འབྱོར་འདི་ནི་ཤིན་ཏུ་རྙེད་པར་དཀའ༔
daljor di ni shintu nyepar ka
This free and endowed human birth is very difficult to obtain.
སྐྱེས་ཚད་མི་རྟག་འཆི་བའི་ཆོས་ཅན་ཡིན༔
kyé tsé mitak chiwé chöchen yin
Everything that is born is by its nature impermanent and bound to die.
དགེ་སྡིག་ལས་ཀྱི་རྒྱུ་འབྲས་བསླུ་བ་མེད༔
ge dik lé kyi gyundré luwamé
Beneficial and harmful actions bring their inevitable results.
ཁམས་གསུམ་འཁོར་བ་སྡུག་བསྔལ་རྒྱ་མཚོའི་ངང་༔
kham sum khorwa dukngal gyatsö ngang
The three realms of saṃsāra are an ocean of suffering.
དྲན་ནས་བདག་བློ་ཆོས་ལ་འགྱུར་བར་ཤོག༔
dren né dak lo chö la gyurwar shok
Recognizing this, may my mind turn towards the Dharma.
Quatro Pensamentos
Quatro Pensamentos que Transformam a Mente
Contemple os Quatro Pensamentos que Transformam a Mente:
- O nascimento humano precioso
- A impermanência e a morte
- Carma, a lei de causa e efeito
- O sofrimento nos ciclos da existência condicionada
Shamata
Shamatha (Skt. śamatha; Tib. ཞི་གནས་, shyiné, Wyl. zhi gnas) – Shama significa ‘paz’, tha significa ‘habitar’ ou ‘estabilidade’. Shyi também significa “paz”, né é “permanecer”. O método de “calmo permanecer” é trabalhar com a mente conceitual. Quando você é capaz de ir além disso e alcançar o domínio da sabedoria de rigpa , é chamado de ver ou vipashyana (Skt.).
A meditação shamata é um método de treinamento da mente e de aumento da capacidade de concentração, de observação e de percepção.
Shamata melhora a memória e proporciona um ganho de controle da mente, de maneira que ela não seja facilmente levada por distrações e emoções.
É ainda um antídoto maravilhoso para momentos de estresse, causadas por circunstâncias externas ou dor, desconforto, doença e sofrimento mental.
Ao usar essa meditação em que se foca a mente de maneira aberta e relaxada, mesmo praticando um pequeno período por dia, você poderá desenvolver grande habilidade em aprender e entender coisas, além de desenvolver qualidades positivas como a paciência, calma e compaixão.
Instruções sobre a Prática de Shamata baseadas nos ensinamentos de Padmasambhava.
Em primeiro lugar, as preliminares:
Os Quatro Pensamentos que Transformam a Mente
Contemple os Quatro Pensamentos que Transformam a Mente:
- O nascimento humano precioso
- A impermanência e a morte
- Carma, a lei de causa e efeito
- O sofrimento nos ciclos da existência condicionada
Esses ensinamentos podem ser lidos no livro Portões da Prática Budista de Chagdud Rinpoche e Comentários sobre a Prática de Ngondro, de Chagdud Khadro. As contemplações combinadas com o descansar da mente são, em si, um treinamento em Shamata.
Tome Refúgio e Estabeleça a Boditchita
Tome refúgio com fé e devoção nas Três Joias, o Buda, o Darma e a Sangha.
Desenvolva a Boditchita, a intenção iluminada, pensando: trabalharei continuamente para o bem dos seres sencientes, que foram todos minhas mães em vidas prévias. Para consumar essa intenção, atingirei a iluminação e, para tanto, treinarei minha mente na concentração meditativa de Shamata, o calmo permanecer.
Em segundo lugar, a prática principal:
Aquiete a Mente através das Três Posturas
Corpo
Abstenha-se de:
1. Toda atividade mundana
2. Atividades religiosas que requeiram movimento como prostrações e a contagem das contas de seu mala
3. Todo e qualquer movimento corporal
Sente em uma boa postura de meditação, como a postura de sete pontos de Vairotchana, ou pelo menos mantenha suas costas retas e os olhos em uma posição adequada e abertos, mas com o olhar dirigido para baixo.
Fala
Abstenha-se de:
1. Toda conversa comum
2. discussões religiosas
3. recitação de mantras e de liturgias
Mente
Abstenha-se de:
1. Pensamentos negativos
2. Pensamentos positivos
3. Insights intelectuais que surgem no contexto da prática de Mahamudra ou de Dzogtchen.
O Calmo Permanecer com Concentração em um Objeto Externo
Olhe para baixo, na altura do nariz, em direção ao objeto que é o foco de sua concentração, quer seja uma sílaba semente, uma pedra, uma pequena estátua, ou, na verdade, qualquer objeto pequeno. Preste atenção no objeto sem distração, evitando a percepção visual de outros objetos. Permita que sua mente descanse em concentração profunda no objeto. Se sua atenção se desviar, gentilmente retome o foco e descanse naturalmente.
O Calmo Permanecer com Concentração em um Objeto Visualizado
A Esfera Branca
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize uma pequena esfera branca (sânsc. bindu; tib. tigle) de luz em sua testa, entre as sobrancelhas. A esfera é vazia, mas luminosa, brilhante, cintilante como um arco-íris. Preste atenção nela, mas permaneça relaxado da forma mais natural possível.
A Esfera vermelha
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize seu corpo como sendo transparente e oco, uma cápsula de luz, clara e vazia. Dentro desta forma pura de seu corpo, no chacra do coração, visualize uma esfera de luz vermelha do tamanho da chama de uma vela. Assim como uma chama ardente, a esfera vermelha tem reflexos de luz azul. Preste atenção nela, permanecendo relaxado e natural.
Em terceiro lugar, a conclusão:
Finalizando a sessão
Relaxe o foco no objeto e simplesmente descanse a mente. Ela é aberta, alerta e natural. Quando pensamentos começarem a surgir, dirija-os para a dedicação.
Dedicação
Você pode usar qualquer prece genérica de dedicação, inclusive a dedicação da Prática Concisa de Tara. O mérito e a sabedoria da meditação são oferecidos a todos os seres, para que encontrem alívio das emoções aflitivas e da confusão da existência condicionada e para que conheçam o espaço de pureza e de lucidez, que é sua própria natureza búdica.
Tara Branca
Tara Branca – A Deidade da Cura
Tara Branca é uma deidade feminina no Budismo. É dito que ela nasceu de uma lágrima do Bodhisatva da Compaixão. Ela tem uma posição importande no Tibet e no Nepal. Acredita-se que Tara é a protetora dos seres humamos em sua cruzada no oceano da existência. A Pratica de Tara Branca é basicamente voltada para propósitos de cura.
Tara, a mãe de todos os Buddhas, como um presente ela emanou. Com o seu gesto de oferecer, para irradia bênçãos de longevidade a todos que a visualizarem e dedicarem-se a esta prática espiritual.
Ela está sentada em um trono de lótus assim como todos os seres nobres da Família Lótus, de Amitaba.
Ela tem sete olhos, um em cada uma das solas dos pés, um em cada palma das mãos, os dois olhos da face e o “terceiro olho“, na face, entre as sobrancelhas.