Ornamentos Tibetanos

Os ornamentos budistas representam as qualidades puras dos seres iluminados.
Seu colorido e brilho é a expressão externa da essência imaculada da mente dos seres sencientes. Dessa forma, sempre que olhamos para as cores e detalhes dos ornamentos nos recordamos das qualidades da nossa própria natureza.

Oito Símbolos

Na tradição tibetana, os Oito Símbolos Auspiciosos, são a representação das oferendas feitas pelos Deuses ao Buda Shakyamuni no exato momento de sua iluminação.
Concha: o som que a concha produz desperta os seres da ignorância, revelando nossa verdadeira natureza, livre de obscurecimentos.
Estandarte: a vitória dos ensinamentos de Buda (autoconhecimento) sobre os venenos da mente (ignorância).
Lótus: representa a completa purificação do corpo, fala e mente que é alcançada através de um processo de autoconhecimento.
Nó-Sem-Fim: ciclo sem princípio que carrega o resultado de toda ação ou intensão – karma.
Parassol: protege dos inimigos, obstáculos, emoções aflitivas, doenças e sofrimento.
Peixes: inabaláveis no propósito de atingir suas metas os peixes adaptam-se habilmente às adversidades.
Roda do Dharma: representa os ensinamentos do Buda e sua energia de movimento e transformação espiritual.
Vaso: contém o néctar de longa vida que é inesgotável.

Oferenda de Mandala

Making an Offering

Para a prática da oferenda de mandala nos visualizamos estar oferecendo o universo inteiro para todos os Buddhas e Bodhisatvas, o Dharma e a Sangha. Todo o tamanho do universo é simbolizado pelo arroz em sua mão. Você visualiza o arroz como todas as jóias e pedras preciosas, como tudo de mais importante ao que você se apega, pessoas, lugares, filmes, momentos, sentimentos… Quando você faz isto você sente que fez uma grandiosa oferenda e assim acumula grande mérito enquanto treina o desapego.

Nó-Sem-Fim

Representa o ciclo de causa e efeito, a harmonia do universo. Ao oferecê-lo estabelecemos um laço, uma conexão auspiciosa.
Simboliza a união da sabedoria e método, o caminho da grande compaixão.

Namaste

Namaste, do sânscrito, significa “curvo-me perante a ti” e é a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro e, em um sentido mais amplo, significa “o Deus que habita no meu coração, saúda o Deus que habita no seu coração”.

Sangha

Sangha (Skt. Saṅgha ; Tib. དགེ་ འདུན་ , gendün; Wyl. Dge ‘dun) é o termo para a comunidade de praticantes que estão seguindo osensinamentosdo Buda.

De acordo com os ensinamentos Mahayana, a sangha é uma das Três Jóias, como um objeto de refúgio: é a nobre sangha, ou seja, aqueles que alcançaram o caminho da visão.

Praticantes ordenados ou leigos que tomam votos de Bodhisattva ou votos tântricos também são ditos da Sangha.

Lakshmi

Lakshmi – Deusa Hindu do Conhecimento e Boa Fortuna

Flor de Lótus

A Flor de Lótus – “O Espírito imaculado de todos os seres” – As raízes do lótus estão na lama e o talo cresce pela água e as flores se abrem ao sol, fortemente apoiadas sobre a água. Isso significa o processo de purificação da essência de casa ser, saindo da lama da ignorância e florescendo a luz da sabedoria.
A cor de cada flor tem uma simbologia associada:
O lótus branco representa o estado de perfeição espiritual e total pureza da mente.
O lótus vermelho é o lótus do amor, da compaixão, da pureza do coração.
O lótus azul simboliza a vitória da sabedoria. É a flor de Manjushri.
“O lótus rosa é o lótus supremo. Representa a deidade mais alta, o Guru.

Faca Curva

Kártica, também chamado de Drigug ou faca curva, é um pequeno punhal, seu crescente simboliza o corte de todos os laços materiais e mundanos, enquanto que o gancho rompe o véu do ego. Ela é coroada com um Vajra, que destrói a ignorância e conduz à iluminação. A Kartiaca representa o corte dos obscurecimentos para o progresso no caminho espiritual incluindo orgulho, a falta de fé, ilusões, distração e desatenção.

Faca curva (Tib. གུག་ གུག་ , driguk , Wyl gri gug) é um instrumento simbólico que simboliza o corte dos Quatro Maras.

Faca com gancho (Skt. Kattari , Tib. གྲི་ ཀུག, kri dri , Wyl gri kug ) – uma forma curvada, em forma de gancho com uma alça vajra . Simboliza a destruição das forças demoníacas das emoções destrutivas.

Referências: bskyed rim gyi zin bris cho ga spyi ‘gros ltar bkod pa homem ngag kun BTUs / kun mkhyen Bstan pa’i nyi ma . Citado no glossário de Deidade, Mantra e Sabedoria , Traduzido pelo Comitê de Tradução Dharmachakra.

Estandarte

O Estandarte da Vitória – Também usado para adornar o Tambor Damaru e/ou shrines simboliza a vitória dos ensinamentos sobre a ignorância da mente.

O Banner da Vitória
O Banner simboliza a vitória de Buda sobre Mara, o senhor das Ilusões. No budismo, se explica que toda experiência no mundo, vem de um entendimento pessoal da realidade, ou seja, cada pessoa irá experiênciar o mesmo objeto, de forma diferente, pessoal. Esse significado que damos às experiências e objetos, são ilusões, pois não são a realidade absoluta do objeto. Quando entendemos que todo objeto é vazio de significado até o momento em que criamos um, nos libertamos da crença de uma ilusão que criamos e que seguimos como verdades. Essa é a vitória libertadora dessa compreensão, uma vitória sobre todas as características que vivemos em base de ilusões: os desejos, a ignorância e a aversão.