Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vida
Dalai Lama (1935) nasceu na aldeia de Takster, na província de Amdo, no Tibete, no dia 6 de julho de 1935. Filho de agricultores recebeu o nome de Lhamo Dhondrub. Quando tinha dois anos, passou a ser chamado de Tenzin Gyatso, após ser reconhecido pelos monges tibetanos como a reencarnação do 13º Dalai Lama.
Com 4 anos de idade, o futuro Dalai Lama Tenzin Gyatso foi considerado a 14ª reencarnação do príncipe Cherezig, o portador do lótus branco, que simboliza a compaixão. Foi separado da família e levado para o Palácio de Potala, situado na montanha Hongsham, na capital Lhasa, onde começou sua rigorosa preparação. A partir de seis anos de idade passou a receber aulas de filosofia budista, arte e cultura tibetana, gramática, inglês, astrologia, geografia, história, ciências, matemática, medicina, poesia, música e teatro.
Como 14.º Dalai Lama, líder e mentor do povo tibetano. Considerado por muitos uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a paz, procura estabelecer o diálogo e difundir a necessidade da compaixão no cenário mundial contemporâneo.
Em 1950, ano em que o Tibete foi invadido pela China, o Dalai Lama com apenas 15 anos, é orientado a deixar o Tibete. Em 1951 é assinado um “Acordo de Dezessete Pontos” com o qual a China pretendia adotar medidas para a libertação do Tibete, mas as tentativas foram fracassadas. Em 1959, os chineses sufocaram uma insurreição separatista comandada pelos aliados do Dalai Lama.
Em 1959 foi obrigado a abandonar o Tibete, altura em que este é invadido pela República Popular da China. Disfarçado de soldado e na companhia de familiares, conseguiu atravessar a fronteira da Índia e assim evitou ser capturado pelos chineses. Instala-se em Dharamsala a convite do governo de Jawaharlal Nehru, e aí constituiu o governo tibetano no exílio, onde ainda permanece.
Não saiu da Índia até 1967, quando visitou pela primeira vez o Japão e a Tailândia. Estava dado o primeiro passo daquilo que se tornou na sua peregrinação ininterrupta pelo mundo, durante a qual luta pelos direitos humanos no mundo mas em especial no Tibete. Luta, mas sempre recorrendo a processos pacíficos, respeitando a doutrina da não violência (a mesma lei defendida por Mahatma Gandhi), pelo que é reconhecido internacionalmente através da atribuição do Nobel da Paz em 1989. O prémio leva a que a causa receba mais atenção e apoiantes, ao mesmo tempo que provoca um embaraço ao regime de Pequim.
Mais tarde deixa de lutar pela independência da Tibete, e passa a propor o Tibete como região autónoma da China, com verdadeira autonomia que lhe permita conservar e viver a sua cultura, incluindo a religião (o que actualmente não lhes é permitido, o regime chinês considera que a religião é uma doença para mente).
É reconhecido internacionalmente, em todo o mundo, como líder espiritual do Tibete, mas os governos de muitos dos países que visita evitam contactos oficiais com a Sua Santidade para não ferirem sensibilidades chinesas.
Cidadão planetário, manifesta especial interesse pelas pontes, articulações, sinapses, desafiando ortodoxias que retardam o exercício da vocação humana para o cuidado mútuo, a convivialidade e a cooperação. Nesse sentido apela para que cada um de nós aprenda a trabalhar em benefício não só de si próprio sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo.
Afirma que a responsabilidade é a chave para a sobrevivência do humano e é a melhor garantia para implementar os valores universais e a paz.
Tenzin Gyatso, o líder máximo do budismo tibetano, depois de várias tentativas de restaurar a independência do Tibete, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1989. No dia 10 de março de 2011, anunciou que deixará o comando político dos tibetanos.