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Votos de Sodjong
INSTRUÇÕES DETALHADAS SOBRE OS VOTOS DE SODJONG
Os votos são:
1-Não matar (inclui não comer carne)
2-Não roubar (inclui não pegar algo que não foi oferecido)
3-Não ter interações sexuais.
4-Não mentir (inclui não contar piadas ou exagerar ao contar algo)
5-Não usar adornos e perfumes. (Inclui não usar joias ou maquiagem. Podemos usar desodorante e shampoo)
6-Não sentar em assentos luxuosos (inclui dormir com o colchão no chão)
7-Não cantar, dançar e não ter entretenimento (inclui não assistir TV ou usar internet)
8-Comer e beber somente nos horários apropriados e não usar substâncias intoxicantes.
Em todas as refeições (café da manhã e almoço) não é permitido carne, ovos, alho, cebola, cebolinha.
Café da manhã: é possível fazer uma refeição leve com sólidos e líquidos (cuidado ao comer pães e bolos pois podem ter ovos).
No almoço: Após sentar para o almoço, é permitido levantar e servir outro prato, mas até às 12h30min. Após as 12h30 não comemos mais, mas é permitido tomar líquidos não nutritivos, como água, chá e café.
Na manhã do dia seguinte, após o nascer do sol,você então retoma sua alimentação normal, caso não vá tomar os votos novamente.
Você também poderá fazer os votos para entregar no mesmo dia, quando o sol se por. Tem uma linha no texto de sodjon que descreve isso. Na hora que você faz os votos precisa definir se fará até a manhã do dia seguinte ou até o anoitecer do mesmo dia, daí você recita no texto somente o que você escolheu.
*Possam todos os seres se beneficiar.*
Sur
Prática de Oferenda de Sur
O ritual de oferenda de Sur é uma prática poderosa usada para remover obstáculos e obscurecimentos. Nos autovisualizamos como Chenrezig, o Senhor da Compaixão, e oferecemos as substâncias conhecidas como as “3 substâncias brancas” e as “3 substâncias doces”, substâncias comestíveis que são misturadas com farinha tostada e incrementadas com dutsi, uma substância consagrada para liberar os efeitos maléficos das emoções negativas. Essa mistura é queimada para liberar seu aroma como uma oferenda. Os seres de sabedoria se satisfazem com as aspirações do praticante; os seres comuns se satisfazem com próprio aroma, que atende suas necessidades. Os praticantes se satisfazem com o aumento de bem-estar e sabedoria, para si próprios e para os demais.
Tara Vermelha
Tara é o aspecto feminino do Buddha e, da mesma forma que ela é indissociável do estado desperto iluminado do Buddha, todas as deidades femininas são aspectos de Tara e indissociáveis dela. Em particular, prestamos homenagens à vinte e uma Taras que emanam como deusas das famílias padma, vajra, ratna e karma. Os métodos que empregamos para atingir as qualidades iluminadas de Tara foram transmitidos por muitas linhagens de praticantes altamente realizados do budismo tibetano.
A linhagem desta meditação de Tara Vermelha, praticada sob a orientação de S.E. Chagdud Tulku Rinpoche, teve início de forma enaltecida, como uma intenção da mente do Buddha Amitabha. De Amitabha passou para
Avalokiteshvara, e daí para uma emanação da própria Tara. De Tara foi ao
renomado mestre budista indiano Nagarjuna, e então para Padmasambhava, o grande mestre budista que trouxe o budismo Vajrayana ao Tibete no século IX. Padmasambhava transmitiu esse ensinamento ao filho do rei tibetano Trisong Detsen. Ele também o confiou à sua consorte de sabedoria, Yeshe Tsogyal, e pediu que ela o ocultasse como um tesouro, a ser descoberto mais tarde, num tempo em que fosse especialmente benéfico.
Assim, o tesouro do ciclo de Tara Vermelha foi descerrado e codificado mais de mil anos após Padmasambhava, por Apong Tertön, um grande lama Nyingmapa que viveu neste século. Seu título formal é “A Essência Condensada do Tesouro da Suprema Mente Iluminada: O Ritual de Mandala da Nobre Tara Vermelha, Denominado ‘A Essência Que Realiza Desejos.’”
No final de sua vida, Apong Tertön mandou chamar um monge a quem havia iniciado na prática de Tara Vermelha e disse-lhe, “Agora, que é chegada a hora da minha morte, peço-lhe que faça algo por mim. Quando eu tiver 17 anos em minha próxima vida, venha a mim para conferir a iniciação de Tara juntamente com a transmissão oral do tesouro em sua íntegra.”
Após a morte de Apong Tertön, os chineses consolidaram sua conquista do Tibete, e o monge, assim como tantos outros, foi obrigado a fugir. Ele se tornou refugiado num pequeno país chamado Butão. Apong Tertön renasceu como S.S. Sakya Trizin, chefe da tradição Sakyapa do budismo tibetano. Quando Sakya Trizin chegou aos 17 anos, o monge tentou ir ao seu encontro num local próximo a Dehra Dun, no norte da Índia, mas não conseguiu um passaporte.
Passaram-se muitos anos até que ele, contrastando uma aparência maltrapilha com a sala de meditação ricamente ornamentada do monastério de Sakya Trizin, conseguisse encontrar seu antigo mestre.
Pouco depois do monge conversar com Sakya Trizin por alguns momentos, a congregação de monges presentes na sala de meditação surpreendeu-se com o pedido para que se retirassem e, mais ainda, ao saber que S.S. tomaria uma iniciação de um visitante com uma aparência tão humilde. O monge então conferiu a iniciação de Tara Vermelha a Sakya Trizin e à sua notável irmã, Jetsunma.
A caminho do seu encontro com Sakya Trizin, o monge encontrou S.E. Chagdud Tulku, que se encontrava em Tso Pema, um local sagrado nos Himalaias, ao norte da Índia, onde Guru Padmasambhava estivera em meditação com Mandarava, uma de suas grandes consortes de sabedoria.
S.E. Chagdud Tulku sempre havia tido uma ligação com práticas de Tara – sua mãe, que era lama e muito famosa, era na realidade uma emanação de Tara. Em retiro, ele havia realizado extensas práticas de Tara e, apesar de sua afinidade com as deidades vermelhas da família padma, ainda não havia recebido uma prática de Tara Vermelha. Em Tso Pema ele teve muitos sonhos auspiciosos, indicativos de que em breve sua capacidade de beneficiar os outros aumentaria grandemente.
O monge, ao encontrar Rinpoche, disse-lhe que, se recebesse a iniciação de Tara Vermelha, grandes benefícios apareceria. Rinpoche concordou e, após receber a iniciação dada pelo monge, cumpriu um prolongado retiro de Tara Vermelha, durante o qual recebeu muitos sinais de realização.
Embora tenha ganho renome por suas atividades miraculosas como praticante de Tara, Rinpoche não a praticou num círculo mais amplo de pessoas até o momento de vir para os EUA, quinze anos mais tarde. Em 1980 começou a dar ensinamentos sobre Tara Vermelha a alguns alunos no Oregon, guiando seu desenvolvimento pelas etapas de visualização e oferecimento.
O tesouro de Tara Vermelha constitui um ciclo extenso que inclui práticas preliminares, yoga dos sonhos, práticas curativas, yoga dos canais sutis e energias (tib. tsa lung) e ensinamentos extensos sobre a natureza da mente.
A prática principal foi traduzida e é feita regularmente nos centros Chagdud Gonpa. As etapas da prática de Tara Vermelha são intercaladas com preces de homenagens às vinte e uma Taras, escritas por um outro grande lama Nyingmapa, um contemporâneo de Apong Tertön chamado Kenpo Ngaga.
S.E. Chagdud Tulku também condensou a própria essência da prática em uma versão mais acessível e concisa em inglês, já traduzida para o português. Este texto mais curto contém dois níveis de prática: o primeiro é uma visualização de Tara no espaço à frente, e não requer iniciação; o segundo inclui a visualização de si mesmo como Tara, e exige iniciação. Por meio da iniciação, as bênçãos da linhagem são formalmente transmitidas e a mente do praticante é amadurecida para que realize a profundidade da prática.
S.E. Chagdud Tulku utiliza o texto abreviado como estrutura de apoio para a yoga dos sonhos de Tara e para as práticas de cura. Como todos os textos litúrgicos tibetanos (sânsc. sadhana), o texto é dividido em três partes principais: as preces preliminares, a prática principal e as preces de conclusão.
Trinta e Sete Pontos da Prática
S.Em.ª Chagdud Tulku Rinpoche
Para os inúmeros alunos ligados a mim por aspirações prévias e por carma, eu, o tulku chamado Chagdud, um velho afetuoso, inspirado por meu sentimento de amor por vocês, escrevo esta mensagem e a envio, levada pelo cavalo do vento.
Reflitam sobre estes pontos:
1. Vocês invocam a mente iluminada dos rigdzins
das três linhagens com fé, respeito e anseio?
2. Praticando o Darma sagrado, vocês compreendem
a essência deste estado de liberdade, desta
oportunidade tão difícil de alcançar, tão rara
quanto o florir de uma udumbara?
3. Vocês cortam as amarras do apego a todos os
fenômenos impermanentes e ilusórios desta vida?
4. Já que os resultados de suas ações certas e erradas
são infalíveis, vocês procuram praticar a virtude
e se abster das desvirtudes?
5. Já que não há felicidade duradoura nos ciclos de
existência, a sublime atitude da renúncia surge
em sua mente?
6. Já que ouvir os ensinamentos autênticos dissipa
a ignorância, vocês acendem a lâmpada do Darma
muitas e muitas vezes?
7. Já que a mente não é domada apenas ouvindo os
ensinamentos, vocês cortam a especulação
superficial com a contemplação interior?
8. Para que não fiquem presos pelas elaborações
conceituais da audição e contemplação dos
ensinamentos, vocês praticam seguindo os
pontos-chave das instruções da transmissão direta?
9. Sabendo que falta à existência cíclica qualquer outro
refúgio infalível, vocês põem as três fontes sublimes de
refúgio no topo da cabeça?
10. Para encontrar proteção do sofrimento da existência cíclica,
vocês abandonam os atos que prejudicam os outros, e até
mesmo o pensamento de prejudicá-los?
11. Já que não há um ser senciente nos seis reinos
que não tenha sido sua mãe ou seu pai, vocês
meditam com equanimidade sobre a similaridade
e a bondade de todos eles?
12. O seu coração é tomado pela compaixão quando
veem todos os seres que foram seus pais
continuamente criando as causas do sofrimento
e sendo atormentados pelas suas consequências?
13. Sabendo que a causa da felicidade é a virtude,
vocês se alegram do fundo do coração quando
veem a felicidade dos outros?
14. Tendo em vista que a felicidade efêmera não leva
à satisfação duradoura, vocês geram a aspiração
de alcançar felicidade suprema?
15. Examinando a mente, vocês direcionam o corpo,
a fala e a mente para o caminho da virtude?
16. Com as virtudes e as riquezas reunidas, multiplicadas
pelo poder da visualização, vocês fazem oferendas
para acumular mérito?
17. Com o objetivo de erradicar as amarras do apego
ao eu, vocês oferecem o corpo como um presente
aos quatro convidados
18. Uma vez que a natureza fundamental da oferenda
é livre de elaboração, vocês mantêm a visão que
completa a acumulação de sabedoria?
19. Para se livrar da carga pesada de ações perniciosas,
obscurecimentos, faltas e erros, vocês confessam
usando os quatro poderes como antídotos?
20. Vendo Vajrasatva, a união de estado desperto
e vacuidade, como idêntico à sua verdadeira
natureza, vocês dissolvem os padrões de hábitos
sutis no espaço básico?
21. Vocês sabem que o mais sublime, o mais profundo
caminho espiritual é o caminho veloz da Ioga do Guru?
22. Vocês já ouviram falar que é melhor meditar uma
única vez sobre o lama do que meditar durante
muitas eras sobre centenas de deidades?
23. Vocês conseguem tal clareza na visualização que os
atributos do lama − cores, implementos, ornamentos
e mantos − estão vívida e espontaneamente
aparentes, brilhantes e distintos?
24. Os raios de sol da sua fé e puro samaya brilham sobre
a montanha de neve do lama, que é o
reservatório do degelo das bênçãos?
25. Para purificar os obscurecimentos acumulados pelas
ações interdependentes de corpo, fala e mente, vocês
seguem o caminho profundo de receber as quatro
iniciações inúmeras vezes?
26. Para que as bênçãos da linhagem mente a mente
penetrem na sua mente, vocês unem a mente do
lama com a sua?
27. Vocês já encontraram, face a face, o lama supremo,
a união de estado desperto e vacuidade, como
sua verdadeira natureza, totalmente sem esforço
e expansiva?
28. Vocês percebem todos os fenômenos da
pós-meditação − aparência, sons e pensamentos − como
sendo a forma, a fala e a mente iluminada do lama?
29. Vocês entendem que embora todos os fenômenos
do samsara e do nirvana não sejam a sua mente,
eles não existem dissociados dela?
30. Para cortar a densa teia de conceitos,
vocês passaram pelas preliminares de demolir
a cabana da mente comum?
31. Enquanto se empenham na prática principal,
o encontro direto com a verdadeira natureza
como estado desperto, vocês estabelecem
uma atitude livre de esforço, espaçosa e
completamente sem artifícios?
32. Sem meditar deliberadamente, e ainda assim sem
distrações, vocês estão familiarizados com o mais
majestoso e sublime estado de atenção plena?
33. Embora sua visão possa ser tão elevada quanto o
próprio céu, vocês são cuidadosos ao observar as
escolhas morais em sua conduta?
34. Quanto ao próprio objetivo, alcançado atemporal
e espontaneamente, vocês cortaram os elos da
esperança e do medo?
35. Se sentem que querem sentar, vocês permanecem
na cidadela do ser primordial?
36. Se sentem que precisam ir, vocês seguem
o caminho verdadeiro?
37. Se sentem que precisam agir, vocês
geram um grande benefício para os seres?
Por favor, façam um exame cuidadoso para determinar se esses 37 pontos se aplicam diretamente a vocês, em todos os momentos e de todas as maneiras. Quanto a mim, Chagdud, embora esteja sobrecarregado com o peso da idade, com este velho corpo endurecido, esta árvore curtida pelo tempo que enfrenta tempestades de elementos desequilibrados, não estou ferido. Bandos de demônios e outros seres que de outra forma seriam maléficos servem a mim com respeito. Estabeleci o terreno para que os ensinamentos dos grandes segredos sejam desenvolvidos no futuro.
Se eu me for, estou satisfeito por ficar na presença de meu lama, Padma Jungne. Se ficar, estou satisfeito em nutrir o amor de um lama por seus alunos.
Independentemente do que eu tenha feito, estou feliz, um iogue da ilusão, que lhes envia essa mensagem com uma disposição mental vasta e jubilosa. Por favor, contemplem-na com alegria. Que ela fique indelevelmente gravada na sua mente!
Ver Chagdud Rinpoche
37 Pontos da Prática
S.Em.ª Chagdud Tulku Rinpoche
Para os inúmeros alunos ligados a mim por aspirações prévias e por carma, eu, o tulku chamado Chagdud, um velho afetuoso, inspirado por meu sentimento de amor por vocês, escrevo esta mensagem e a envio, levada pelo cavalo do vento.
Reflitam sobre estes pontos:
1. Vocês invocam a mente iluminada dos rigdzins
das três linhagens com fé, respeito e anseio?
2. Praticando o Darma sagrado, vocês compreendem
a essência deste estado de liberdade, desta
oportunidade tão difícil de alcançar, tão rara
quanto o florir de uma udumbara?
3. Vocês cortam as amarras do apego a todos os
fenômenos impermanentes e ilusórios desta vida?
4. Já que os resultados de suas ações certas e erradas
são infalíveis, vocês procuram praticar a virtude
e se abster das desvirtudes?
5. Já que não há felicidade duradoura nos ciclos de
existência, a sublime atitude da renúncia surge
em sua mente?
6. Já que ouvir os ensinamentos autênticos dissipa
a ignorância, vocês acendem a lâmpada do Darma
muitas e muitas vezes?
7. Já que a mente não é domada apenas ouvindo os
ensinamentos, vocês cortam a especulação
superficial com a contemplação interior?
8. Para que não fiquem presos pelas elaborações
conceituais da audição e contemplação dos
ensinamentos, vocês praticam seguindo os
pontos-chave das instruções da transmissão direta?
9. Sabendo que falta à existência cíclica qualquer outro
refúgio infalível, vocês põem as três fontes sublimes de
refúgio no topo da cabeça?
10. Para encontrar proteção do sofrimento da existência cíclica,
vocês abandonam os atos que prejudicam os outros, e até
mesmo o pensamento de prejudicá-los?
11. Já que não há um ser senciente nos seis reinos
que não tenha sido sua mãe ou seu pai, vocês
meditam com equanimidade sobre a similaridade
e a bondade de todos eles?
12. O seu coração é tomado pela compaixão quando
veem todos os seres que foram seus pais
continuamente criando as causas do sofrimento
e sendo atormentados pelas suas consequências?
13. Sabendo que a causa da felicidade é a virtude,
vocês se alegram do fundo do coração quando
veem a felicidade dos outros?
14. Tendo em vista que a felicidade efêmera não leva
à satisfação duradoura, vocês geram a aspiração
de alcançar felicidade suprema?
15. Examinando a mente, vocês direcionam o corpo,
a fala e a mente para o caminho da virtude?
16. Com as virtudes e as riquezas reunidas, multiplicadas
pelo poder da visualização, vocês fazem oferendas
para acumular mérito?
17. Com o objetivo de erradicar as amarras do apego
ao eu, vocês oferecem o corpo como um presente
aos quatro convidados
18. Uma vez que a natureza fundamental da oferenda
é livre de elaboração, vocês mantêm a visão que
completa a acumulação de sabedoria?
19. Para se livrar da carga pesada de ações perniciosas,
obscurecimentos, faltas e erros, vocês confessam
usando os quatro poderes como antídotos?
20. Vendo Vajrasatva, a união de estado desperto
e vacuidade, como idêntico à sua verdadeira
natureza, vocês dissolvem os padrões de hábitos
sutis no espaço básico?
21. Vocês sabem que o mais sublime, o mais profundo
caminho espiritual é o caminho veloz da Ioga do Guru?
22. Vocês já ouviram falar que é melhor meditar uma
única vez sobre o lama do que meditar durante
muitas eras sobre centenas de deidades?
23. Vocês conseguem tal clareza na visualização que os
atributos do lama − cores, implementos, ornamentos
e mantos − estão vívida e espontaneamente
aparentes, brilhantes e distintos?
24. Os raios de sol da sua fé e puro samaya brilham sobre
a montanha de neve do lama, que é o
reservatório do degelo das bênçãos?
25. Para purificar os obscurecimentos acumulados pelas
ações interdependentes de corpo, fala e mente, vocês
seguem o caminho profundo de receber as quatro
iniciações inúmeras vezes?
26. Para que as bênçãos da linhagem mente a mente
penetrem na sua mente, vocês unem a mente do
lama com a sua?
27. Vocês já encontraram, face a face, o lama supremo,
a união de estado desperto e vacuidade, como
sua verdadeira natureza, totalmente sem esforço
e expansiva?
28. Vocês percebem todos os fenômenos da
pós-meditação − aparência, sons e pensamentos − como
sendo a forma, a fala e a mente iluminada do lama?
29. Vocês entendem que embora todos os fenômenos
do samsara e do nirvana não sejam a sua mente,
eles não existem dissociados dela?
30. Para cortar a densa teia de conceitos,
vocês passaram pelas preliminares de demolir
a cabana da mente comum?
31. Enquanto se empenham na prática principal,
o encontro direto com a verdadeira natureza
como estado desperto, vocês estabelecem
uma atitude livre de esforço, espaçosa e
completamente sem artifícios?
32. Sem meditar deliberadamente, e ainda assim sem
distrações, vocês estão familiarizados com o mais
majestoso e sublime estado de atenção plena?
33. Embora sua visão possa ser tão elevada quanto o
próprio céu, vocês são cuidadosos ao observar as
escolhas morais em sua conduta?
34. Quanto ao próprio objetivo, alcançado atemporal
e espontaneamente, vocês cortaram os elos da
esperança e do medo?
35. Se sentem que querem sentar, vocês permanecem
na cidadela do ser primordial?
36. Se sentem que precisam ir, vocês seguem
o caminho verdadeiro?
37. Se sentem que precisam agir, vocês
geram um grande benefício para os seres?
Por favor, façam um exame cuidadoso para determinar se esses 37 pontos se aplicam diretamente a vocês, em todos os momentos e de todas as maneiras. Quanto a mim, Chagdud, embora esteja sobrecarregado com o peso da idade, com este velho corpo endurecido, esta árvore curtida pelo tempo que enfrenta tempestades de elementos desequilibrados, não estou ferido. Bandos de demônios e outros seres que de outra forma seriam maléficos servem a mim com respeito. Estabeleci o terreno para que os ensinamentos dos grandes segredos sejam desenvolvidos no futuro.
Se eu me for, estou satisfeito por ficar na presença de meu lama, Padma Jungne. Se ficar, estou satisfeito em nutrir o amor de um lama por seus alunos.
Independentemente do que eu tenha feito, estou feliz, um iogue da ilusão, que lhes envia essa mensagem com uma disposição mental vasta e jubilosa. Por favor, contemplem-na com alegria. Que ela fique indelevelmente gravada na sua mente!
Ver Chagdud Rinpoche
Khadro Ling
Em tibetano, Kha significa “céu”, Dro significa “mover-se”, ir, dançar, Ling significa “local sagrado”. Khadro é a tradução de Dakini, palavra associada a um aspecto da energia iluminada feminina. Uma tradução possível para Khadro Ling, então, é “Morada das dançarinas do céu”.
Ver Chagdud Gonpa, Chagdud Rinpoche, Chagdud Khadro.
Riwo Sangchod
A prática de Riwo Sangchod, Oferenda Queimada Para Purificação na Encosta da Montanha, é uma instrução de transmissão direta do ciclo terma Rigdzin Sogdrub, Realização da Força Vital dos Detentores do Estado Desperto, que foi revelada pelo Terton Lhatsun Nankha Jigmed. Ele nasceu em 1597, em Jaryul, no sul do Tibete e era, ao mesmo tempo, uma reencarnação de Vimalamitra e do onisciente Longchenpa. Esta prática de linhagem ininterrupta foi transmitida a Chagdud Rinpoche, e é realizada diariamente no Khadro Ling.
Dzongsar Khyentse Rinpoche enfatizou que nos tempos de degenerescência atuais há duas acumulações de absoluta importância e benefício: o Louvor às 21 Taras e a acumulação de Riwo Sangchod.
A prática de Riwo Sangchod contém todos os aspectos do caminho budista ― quanto à disciplina, é Hinayana; quanto à motivação, é Mahayana; e, no que diz respeito à Guru Yoga, é Vajrayana. É uma prática muito poderosa para repelir os obstáculos e as negatividades de cada um de nós e, particularmente, para afastar todos os obstáculos relacionados ao nosso caminho espiritual.
Oferendas
Você pode criar interdependência com a prática fazendo oferendas de leite, manteiga e iogurte, mel, melado e açúcar, aveia, frutas, biscoitos doces, grãos, tecidos coloridos (limpos), pinheiros e, de um modo mais perfeito, ouro e prata. Estes devem ser novos e nunca terem sido utilizados ou abertos.
Nessa Prática são usadas as sadhanas de:
- Tara (sadhana longa)
- Prece de protetores de Tara
- Gotas de Sabedoria
- Preces de longa vida
- Riwo Sangchod
Ver incenso, sadhana, oferenda.
‘a: A: A’a’a: Ki Ki: So So: sGra bLa: A rGya Lo: A: འཿ ཨཿ ཨཱའཿ་ཀིཿཀིཿསོཿསོཿསྒྲ་བླ་ཨཿརྒྱ་ལོ་ཨཿ
Calmo Permanecer
O CALMO PERMANECER COM CONCENTRAÇÃO EM UM OBJETO EXTERNO
Olhe para baixo, na altura do nariz, em direção ao objeto que é o foco de sua concentração, quer seja uma sílaba semente, uma pedra, uma pequena estátua, ou, na verdade, qualquer objeto pequeno. Preste atenção no objeto sem distração, evitando a percepção visual de outros objetos. Permita que sua mente descanse em concentração profunda no objeto. Se sua atenção se desviar, gentilmente retome o foco e descanse naturalmente.
O Calmo Permanecer com Concentração em um Objeto Visualizado
A ESFERA BRANCA
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize uma pequena esfera branca (sânsc. bindu; tib. tigle) de luz em sua testa, entre as sobrancelhas. A esfera é vazia, mas luminosa, brilhante, cintilante como um arco-íris. Preste atenção nela, mas permaneça relaxado da forma mais natural possível.
A ESFERA VERMELHA
Mantendo os olhos abertos, com o olhar dirigido para baixo, visualize seu corpo como sendo transparente e oco, uma cápsula de luz, clara e vazia. Dentro desta forma pura de seu corpo, no chacra do coração, visualize uma esfera de luz vermelha do tamanho da chama de uma vela. Assim como uma chama ardente, a esfera vermelha tem reflexos de luz azul. Preste atenção nela, permanecendo relaxado e natural.
Lama Jigme Lhawang
Lama Jigme Lhawang (no português Djigmê Láuang) é o primeiro ocidental do continente Americano a ser ordenado lama na Linhagem Drukpa do Budismo Tibetano pelo líder e autoridade máxima da Linhagem Drukpa, S.S. Gyalwang Drukpa e por seu regente espiritual S.Ema Gyalwa Dokhampa. Também é o presidente e diretor espiritual da Comunidade Budista Drukpa Brasil e o representante oficial da Linhagem Drukpa e de S.S. Gyalwang Drukpa no Brasil bem como presidente de honra do Instituto Live to Love Brasil, o braço brasileiro da Fundação Humanitária Live to Love Internacional. Lama Jigme Lhawang treina no budismo desde 1995 e, de 2003 a 2013, treinou como monge budista em universidades monóasticas e eremitérios sagrados na Índia e Nepal.
Estudou história, filosofia e psicologia budista bem como tradução oral e literária da língua tibetana pelo período de 10 anos na universidade Dzongsar Shedra, na Índia e na Kathmandu University, no Nepal. É psicoterapeuta e especialista na área do equilíbrio emocional e do cultivo da atenção plena e é professor formado e autorizado em Cultivating Emotional Balance (Cultivo do Equilíbrio Emocional) pelo Instituto Santa Bárbara de Estudos da Consciência (Califórnia), um programa de formação baseado em evidências científicas criado pelos professores Dr. Paul Ekman e Dr. B. Alan Wallace.
Trajetória
No dia 3 de janeiro de 2012 o então monge Ven.Ngawang Tenphel foi ordenado Lama Jigme Lhawang na Linhagem Drukpa (do tibetano, Dragão) do budismo tibetano. A ordenação foi conferida por Sua Santidade Gyalwang Drukpa, líder espiritual e autoridade máxima da linhagem, e por seu regente e herdeiro espiritual, Sua Eminência Gyalwa Dokhampa. Na mesma ocasião Lama Jigme Lhawang foi nomeado o representante oficial da Linhagem Drukpa e de S.S.Gyalwang Drukpa no Brasil, sendo-lhe atribuída também, a posição de diretor espiritual da Comunidade Drukpa Brasil.
A palavra “Lama” significa “professor e guia espiritual”, e Ven. Lama Jigme Lhawang (no português Djigmê Láuang) recebeu sua nomeação como o primeiro lama brasileiro da linhagem Drukpa, no 10º dia do 21º mês do ano 2138 do calendário tibetano, o dia comemorativo de uma das oito manifestações de Guru Padmasambhava, Guru Dorje Drollo (do sânscrito, Vajrakrodha). Neste dia sagrado, a ação na forma irada e destemida de Guru Rinpoche manifestou-se na caverna de Paro Taktsang, no Butão, subjugando e atando por juramento as deidades locais e os guardiões de tesouros espirituais.
No dia 20 de fevereiro de 2013, décimo dia do primerio mês do calendário tibetano, dia sagrado comemorativo da iluminação de Guru Padmasambhava e do aniversário de S.S. Gyalwang Drukpa, o Lama Jigme Lhawang foi nomeado por Sua Santidade e Sua Eminência como o representante, guia espiritual e lama responsável da Linhagem Drukpa para o continente Americano.
Lama Jigme Lhawang iniciou seus estudos e treinamento no budismo em 1995 no Brasil, aos 14 anos de idade, com Kyabje Chagdud Tulku Rinpoche (de quem recebeu seu refúgio no Dharma com o nome de Padma Pawo e sua ordenação tântrica) e seu filho espiritual Lama Padma Samten (o primeiro lama brasileiro ordenado na Linhagem Nyingma) com quem viveu, aprendeu e treinou meditação por 7 anos contínuos. Em 2003, logo após ao falecimento de S.Ema. Chagdud Rinpoche, em uma ação pouco comum para um jovem ocidental, dirijiu-se à Índia, local onde recebeu sua ordenação laica (skt. upasaka) por Sua Santidade o Dalai Lama e, em seguida, a ordenação monástica por Sua Santidade Trulshik Rinpoche, autoridade máxima da linhagem Nyingma, hoje já falecido. Desta forma, Lama Jigme Lhawang teve S.S. Dalai Lama e S.S. Trulshik Rinpoche como seus mestres raízes de ordenação que, coincidentemente, também foram mestres raízes de Sua Santidade Gyalwang Drukpa.
Na sua formação como monge, Ven. Lama Jigme Lhawang recebeu empoderamentos, transmissões orais e ensinamentos de todas as principais linhagens do budismo tibetano – Nyingma, Káguiu, Sakya e Gelugpa – por muitos de seus principais representantes e líderes espirituais, tais como S.S. Dalai Lama (líder espiritual do povo tibetano), S.S.Gyalwang Drukpa (líder espiritual da Linhagem Drukpa), S.S. Sakya Trizin (líder espiritual da Linhagem Sakya) e S.S. Trulshik Rinpoche (líder espiritual da Linhagem Nyingma).
Por 3 anos viveu e estudou na Universidade Monástica Dzongsar Shedra na companhia de outros 600 monges e 15 Khenpos. Lá, além de estudar a língua tibetana e de receber as transmissões orais e o aprofundamento nos principais tratados filosóficos indianos, estudou história, lógica, psicologia, filosofia e prática budista e recebeu preciosos ensinamentos e transmissões de Kyabje Dzongsar Khyentse Rinpoche, e muitos outros Rinpoches e Khenpos da Linhagem Sakya. Durante o período de 2 meses na Universidade Monástica Dzongsar Shedra, Sua Santidade Sakya Trizin lhe concedeu o empoderamento, transmissão oral e instruções completas do Lamdre (Caminho-Resultado), a mais elevada categoria de ensinamentos da Linhagem Sakya, do Tantra Revajra, das yôgas de Virupa e de uns dos ensinamentos principais da Linhagem Sakya chamado “Libertando-se dos Quatro Apegos, que um dos grandes mestres fundadores da Linhagem Sakya – Sachen Kunga Nyingpo, recebeu diretamente de Manjushri.
De S.S. Dalai Lama recebeu empoderamentos, transmissões orais e instruções de todos os veículos (fundacional, marrayana e vajrayana) e linhagens do budismo tibetano. Da tradição marrayana recebeu a transmissão oral e instruções de Shamata e Vipassana, a partir da escritura “Os Estágios do Caminho da Meditação” do Pandita indiano Kamalashila como, também, a transmissão oral e instruções do Sutra do Coração e do Sutra do Diamante, em especial, o empoderamento, transmissões orais e instruções completas de Kalatchakra em Amaravati, no sul da Índia, local sagrado onde Buda Shakyamuni transmitiu esta prática espiritual, uma meditação tântrica classificada como a “Mais Elevada Yoga Tantra” do vajrayana. Recebeu ainda a transmissão oral e instruções completas de “Uma Lâmpada no Caminho do Despertar” (Lamdron) do Pandita indiano Atisha Dipamkara, que estabelece a fundação do treinamento da mente (tib. Lodjong) da antiga linhagem de yôguis Kadampa, e dos “Estágios do Caminho à Iluminação” (tib. Lamrim) de Tsonkhapa, o caminho completo e principal prática espiritual da Linhagem Gelugpa.
Referente a Linhagem Káguiu, também de S.S. Dalai Lama, recebeu a transmissão oral e instruções das 100.000 Canções Espirituais de Milarepa e da história de sua iluminação composta pelo mestre da Linhagem Drukpa, o yôgui de louca sabedoria, Tsangnyon Heruka. E, a partir da Linhagem Nyingma, recebeu de S.S.Dalai Lama, os empoderamentos, transmissões orais e instruções da tradição Dzogchen Longchen Nyingtik de Jigme Lingpa e Longchen Rabjam, desde o texto raíz do Longchen Nyingtik Ngondro, o comentário para com o texto raíz chamado “Palavras do meu Professor Perfeito” de Patrul Rinpoche e os Três Ciclos de instruções Dzogchen de Longchen Rabjam chamadas “Dzogchen Ngalso Korsum” (Os Três Ciclos do Descanso Revitalizador da Grande Perfeição).
No final de 2008, após 12 anos de estudo no Darma e 5 anos de intensivo treinamento monástico, bem como de diversos retiros de curta e longa duração e de estudos filosóficos do budismo, Ven. Ngawang Tenphel, retornou ao Brasil, sendo apontado como um professor do Darma dentro da Sangha do Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB) pelo seu diretor espiritual, o Lama Padma Samten. Assim, pela indicação de Lama Samten, viajou extensivamente pelos CEBBs do Brasil dando ensinamentos, conduzindo retiros e sendo convidado para palestrar em universidades brasileiras e em monastérios e centros de outras tradições budistas como também em encontros e diálogos inter-religiosos.
Em paralelo aos seus estudos da língua tibetana e da filosofia budista, Lama Jigme Lhawang realizou diversos retiros solitários de longa duração sob a orientação de seu Guru Raíz Sua Santidade Gyalwang Drukpa, permanecendo por vários meses em heremitérios e cavernas nas montanhas dos Himalaias indianos e cooperando para reacender a chama do estilo da antiga tradição de yôguis da Linhagem Drukpa.
A partir de S.S. Gyalwang Drukpa, Lama Jigme Lhawang recebeu a transmissão oral completa e as instruções do Ornamento da Liberação de Gampopa (no tibetano, Dakpo Thargyen) e vem sendo treinado dentro de ambas as tradições de Marra-mudra e Dzogchen, como também nas principais práticas espirituais da Linhagem Drukpa. E, na linhagem Nyingma, também de Sua Santidade, vem recebendo instruções nas práticas da tradição de Dudjom Tersar tais como Throma Nagmo e da tradição de Jigme Lingpa/Longchen Rabjam tais como Yangtik.
Em 2009, por orientação de S.S. Gyalwang Drukpa, mudou-se para o Nepal, buscando ficar mais próximo ao seu Guru, dando continuidade ao treinamento na Linhagem Drukpa através de retiros e estudos do budismo. No seu aprofundamento na tradição dos Dragões, vem recebendo empoderamentos, transmissões orais e instruções de muitos outros mestres Drukpa tais como S. Ema. Khamtrul Rinpoche, S. Ema. Thuksey Rinpoche, S. Ema. Drukpa Choegon Rinpoche, S. Ema. Sey Rinpoche, S. Ema. Gyaltsen Tulku Rinpoche, S. Ema. Kunga Rinpoche, S. Ema. Drubwang Tsoknyi Rinpoche, Ven. Jetsunma Tenzin Palmo, Khenchen Sonam Gyatso Rinpoche, Khenchen Thrinle Dorje Rinpoche e muitos outros mestres.
Na sequência começou a organizar e liderar peregrinações a Ásia incentivado por seus mestres. O roteiro contempla visitas aos locais sagrados do budismo, com estudo e meditação durante o trajeto, proporcionando encontros, ensinamentos e retiros com grandes mestres. Desta ação surgiu o “Dharma Yatri” (www.dharmayatri.org), do qual é diretor e co-fundador. Em 2009, apoiado pelo Dharma Yatri, juntamente com a direção de Melissa Flores, idealizou o “Projeto Yatra” (www.projetoyatra.com.br), um documentário/filme entitulado “Yatra: Uma Viagem Externa, Interna e Secreta”, sobre peregrinos brasileiros encontrando o sagrado através de uma peregrinação aos Oito Lugares mais Sagrados de Buda na Índia e no Nepal. O documentário conta com a participação de diversos mestres tais como S.S. Dalai lama, S.S. Gyalwang Drukpa, S.S. Sakya Trizin, S.Ema. Drukpa Choegon Rinpoche, S.Ema. Lama Zopa Rinpoche, Lama Padma Samten, Prof. Dr. B. Allan Wallace e outros lamas.
Apresentando as qualidades da alegria e humildade, visivelmente marcantes na Linhagem liderada por S.S. Gyalwang Drukpa, Lama Jigme Lhawang atuou (e ainda atua) como tradutor. Em 2006, fez parte da equipe de tradução dos ensinamentos do mundialmente reconhecido mestre da Linhagem Nyingma S.Ema. Sogyal Rinpoche e de S.Ema Dzongsar Khyentse Rinpoche, para um grupo de peregrinos brasileiros, na Índia. Também serviu como tradutor assistente do tibetano para o inglês da transmissão completa do Lamdre, concedida por S.S. Sakya Trizin em 2008 na Universidade Monástica Dzongsar Shedra, nos Himalaias indianos. Foi um dos tradutores oficiais para a língua portuguesa dos ensinamentos Dzogchen concedidos por S.S.Dalai Lama em 2010, em Bodhigaya, como também tem servido como tradutor de vários mestres da linhagem Drukpa desde 2009 durante o Concílio Drukpa Anual (ADC). Foi ainda o tradutor do tibetano para o inglês dos ensinamentos de S.S. Gyalwang Drukpa sobre Ngondro e Marra-mudra durante a Pad Yatra 2011, pelo período de 1 mês, quando caminhou lado-a-lado com seu Guru pelos diferentes locais sagrados do território indiano.
Atualmente, é um dos tradutores oficiais do tibetano de S.S. Gyalwang Drukpa e da Linhagem Drukpa. Completamente devotado ao caminho do Dharma pelos últimos 16 anos de sua vida, o treinamento que, segundo ele, foi desempenhado unicamente pela bondade de seus professores, lhe confere hoje atributos de um grande estudioso e de um qualificado professor do Dharma.
Em 2014, com as bençãos e orientação de S.S. Gyalwang Drukpa, tornou-se um lama ngakpa (um guia espiritual tantrika, integrando sua prática espiritual na vida familiar dentro de um contexto laico no ocidente), habilitando-o a desenvolver seu trabalho como professor, tradutor e lama em meio ao mundo laico.
Três Posturas
Aquiete a Mente através das Três Posturas
CORPO
Abstenha-se de:
1. Toda atividade mundana
2. Atividades religiosas que requeiram movimento como prostrações e a contagem das contas de seu mala
3. Todo e qualquer movimento corporal
Sente em uma boa postura de meditação, como a postura de sete pontos de Vairotchana, ou pelo menos mantenha suas costas retas e os olhos em uma posição adequada e abertos, mas com o olhar dirigido para baixo.
FALA
Abstenha-se de:
1. Toda conversa comum
2. discussões religiosas
3. recitação de mantras e de liturgias
MENTE
Abstenha-se de:
1. Pensamentos negativos
2. Pensamentos positivos
3. Insights intelectuais que surgem no contexto da prática de Mahamudra ou de Dzogtchen.